Perguntado pelo jornal Folha de Pernambuco, Nelson Motta respondeu:
"Do que você se ressente, em termos de qualidade, com relação à atual produção cultural do País?
A oferta hoje é gigantesca. Nunca houve tanta coisa boa na praça e a quantidade de música ruim sendo ofertada, por consequência, também é enorme. Sempre foi assim, é da quantidade e da diversidade que nascem a originalidade e a qualidade. O que é lixo musical deve estar no seu lugar: lixo. Mas há muita gente jovem fazendo bonito. A excelente Maria Gadú, por exemplo, é a melhor que vi no ano passado. Tem um belo timbre de voz, pessoal e caloroso, técnica perfeita e, ainda, compõe muito bem. E tem só 24 anos! Há outras maravilhosas e que já estão há mais tempo no mundo musical: Roberta Sá, Ana Cañas, Maria Rita, Silvia Machete, Marina de La Riva... e o fabuloso produtor e músico João Brasil, que faz mash-ups (colagens) sensacionais, como Tom Jobim misturado ao Funk."
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